Da REDAÇÃO
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Idealizada pelo figurinista e diretor de arte Paulo Ricardo da Costa, a Mostra — também conhecida como AMOSTRAGEM — tem como missão apresentar a diversidade do cinema negro e indígena, com foco especial em curtas-metragens produzidos fora dos grandes centros urbanos. Nesta edição, a mostra exibiu 20 filmes, sendo sete deles na disputa pelo troféu, com o objetivo de formar novos públicos e fortalecer o cinema no interior do estado.
Entre os destaques da programação estiveram sessões realizadas na Praça da Chã do Marinheiro, na comunidade do Mimoso, e no Centro Cultural Dr. José Nivaldo, além de masterclasses, oficinas e encontros com realizadores. A sessão de encerramento, intitulada "Joia do Agreste, Resistência e Memória", trouxe muita emoção com a exibição dos curtas convidados e o anúncio oficial do vencedor pelo júri popular.
Além da premiação de "Dia de Preto", a noite de encerramento contou com a exibição de "Consuella", de Alexandre Figueirôa, e "O Martírio de Evandro", de Edvaldo Clemente, que esteve presente para apresentar seu documentário ao público. O Troféu Joia do Agreste, entregue ao filme vencedor, foi desenvolvido pelo artista plástico Giuliano Calife, reforçando a identidade cultural da mostra.
Entre os momentos mais enriquecedores do evento, destacou-se a masterclass "A Prática da ibilidade Comunicacional no Cinema", ministrada por Liliana Tavares, idealizadora da Mostra Ver Ouvindo. A ibilidade, segundo os organizadores, é um dos pilares da mostra, que também promoveu outras oficinas formativas, como "Cinema e Identidade", com Alba Azevedo, e "Fazer Cinema é Contar Nossas Histórias", com o próprio idealizador Paulo Ricardo da Costa.
"Agradecemos a todos os realizadores que enviaram seus filmes para a nossa mostra. O grande número de inscrições recebidas reflete a intensidade da produção recente do nosso cinema de curta-metragem. Seguimos na tarefa de fazer da AMOSTRAGEM uma vitrine da diversidade e excelência do nosso trabalho", destacou Paulo Ricardo.
A VI edição da Mostra de Cinema de Surubim foi realizada com recursos da Lei Paulo Gustavo, reafirmando o papel das políticas públicas de fomento à cultura no fortalecimento do audiovisual no interior, e também contou com o apoio da Prefeitura de Surubim. "Nunca antes na história deste país aconteceu uma competitiva de cinema afrosurrealista. Que fique registrado nos anais da história: é AMOSTRAGEM", celebrou a Karma Zero Produções, responsável pela realização do evento.